terça-feira, 3 de março de 2009

03MAR2009 10H00 OS FÍSICOS



10H00
"OS FÍSICOS"
de F. Dürrenmatt, com extractos de "A VIDA DE GALILEU" de B. Brecht
(50 min)
Escola Sec. Jaime Moniz
Grupo de Teatro "O Moniz-Carlos Varela"


O trabalho que apresentamos, uma adaptação da peça “Os Físicos”, de 1962, do dramaturgo e autor suíço Friedrich Dürrenmat, com a introdução do personagem Galileu de “A vida de Galileu” do dramaturgo, poeta e encenador alemão Berthold Brecht, cuja última versão data de 1953, pretende ser o nosso contributo para o Ano Internacional da Astronomia, que se comemora em 2009.
A peça, uma comédia em dois actos, desenrola-se numa casa de saúde mental de luxo, um sanatório, como o próprio mundo parece por vezes ser. No original de Dürenmatt, um dos pacientes, Herbert Georg Beutler julga ser Newton, outro, Ernst Heinrich Ernesti pensa que é Einstein e um terceiro Johann Wilhelm Mobius, o físico mais famoso do mundo, imagina que fala com o Rei Salomão. Cedo tornar-se-á evidente que estes três não são lunáticos tão inofensivos como aparentam. Sucedem-se vários assassinatos e nem tudo o que aparenta ser é. A directora do Sanatório terá uma palavra final a dizer.
Newton é o mais pragmático. Ele obedecerá a qualquer sistema, desde que este o deixe continuar com as suas investigações. Einstein considera que os físicos deverão ter uma palavra a dizer no mundo do poder político. Mobius, provavelmente o que traduz o pensamento do autor, deseja impedir que o seu conhecimento caia nas mãos daqueles que abusaram dos conhecimentos que a ciência propicia, mas finalmente apercebe-se, e esta talvez seja a principal mensagem da peça, que “aquilo que foi pensado certa vez, não pode ser esquecido”.
O paciente que julga ser Galileu surge, em vários momentos da peça, em várias fases da vida do físico. Galileu personifica a “inocência” da ciência e dos cientistas, perante o abuso que o poder faz das suas descobertas. O único verdadeiramente louco, o único inocente.



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