O protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal do
Funchal, através do Teatro Municipal Baltazar Dias, e a Escola Secundária Jaime
Moniz, no decorrer de novembro de 2016, possibilitou que o espetáculo com o
“Prémio Carlos Varela”, no XXV Festival Regional de Teatro Escolar – Carlos Varela,
tivesse entrada direta no TMBD com atuação marcada para dia 24 de março, às
21:00h.
Estará, portanto, em cena a peça “Memória: um filme
mudo”, espetáculo de ‘O Moniz – Carlos Varela’, que conta com a colaboração do clube
DancEn?gma. A peça construída a partir de textos
Valério Romão, Mia Couto, Fernando Pessoa, Rosa Oliveira, Samuel Beckett e
Franz Kafka, pretende retratar, na comemoração do Ano Internacional do Turismo
Sustentável, sensações visuais e auditivas associadas ao contacto com novas
culturas e línguas, assim como abordar os diferentes conceitos de viagem. Afinal,
na vida, somos turistas ou viajantes?
«Viajamos para passear e observar. Ter novas
experiências. Mergulhar na cultura local. Descolocamo-nos de cidade para
cidade, de página para página, de língua para língua, nesse trânsito indomável
onde encontramos o passado, o presente e novas partes de nós que não
conhecíamos. E somos outros.» Os locais onde existimos compõem o ser que somos.
Esse peso da mochila nas costas é mais leve do que um sonho não realizado.
«Viajar? Para viajar basta existir.» Vamos «de dia para dia, como de estação
para estação, no comboio do nosso corpo, ou do destino, debruçados sobre as
ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre
diferentes, como, afinal, as paisagens são.» É através da memória, «o nosso
filme mudo interior», que viajamos e existimos: mapeamos as nossas experiências
através de imagens, aromas, sensações. A lente com que focamos a vida dos
outros; as tentativas de, no trapézio, equilibrarmos o tempo e o ser; os “dias
felizes” onde nos descaracterizámos ou nos encontrámos… são as viagens que
escolhemos fazer, a moldura de uma vida. A vida é, efetivamente, o que fazemos dela. «As
viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.»
Não
falte! A entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhetes.
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