domingo, 19 de março de 2017

Peça “Memória: um filme mudo” no Teatro Municipal Baltazar Dias



O protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal do Funchal, através do Teatro Municipal Baltazar Dias, e a Escola Secundária Jaime Moniz, no decorrer de novembro de 2016, possibilitou que o espetáculo com o “Prémio Carlos Varela”, no XXV Festival Regional de Teatro Escolar – Carlos Varela, tivesse entrada direta no TMBD com atuação marcada para dia 24 de março, às 21:00h.
Estará, portanto, em cena a peça “Memória: um filme mudo”, espetáculo de ‘O Moniz – Carlos Varela’, que conta com a colaboração do clube DancEn?gma. A peça construída a partir de textos Valério Romão, Mia Couto, Fernando Pessoa, Rosa Oliveira, Samuel Beckett e Franz Kafka, pretende retratar, na comemoração do Ano Internacional do Turismo Sustentável, sensações visuais e auditivas associadas ao contacto com novas culturas e línguas, assim como abordar os diferentes conceitos de viagem. Afinal, na vida, somos turistas ou viajantes? 

«Viajamos para passear e observar. Ter novas experiências. Mergulhar na cultura local. Descolocamo-nos de cidade para cidade, de página para página, de língua para língua, nesse trânsito indomável onde encontramos o passado, o presente e novas partes de nós que não conhecíamos. E somos outros.» Os locais onde existimos compõem o ser que somos. Esse peso da mochila nas costas é mais leve do que um sonho não realizado. «Viajar? Para viajar basta existir.» Vamos «de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do nosso corpo, ou do destino, debruçados sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.»  É através da memória, «o nosso filme mudo interior», que viajamos e existimos: mapeamos as nossas experiências através de imagens, aromas, sensações. A lente com que focamos a vida dos outros; as tentativas de, no trapézio, equilibrarmos o tempo e o ser; os “dias felizes” onde nos descaracterizámos ou nos encontrámos… são as viagens que escolhemos fazer, a moldura de uma vida.  A vida é, efetivamente, o que fazemos dela. «As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos.»


            Não falte! A entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhetes.

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