Comentários sobre o Grupo de Teatro O Moniz

Respostas dadas pelos ex-membros do Moniz via facebook.
Data: 07 de julho de2013

Alguém disse um dia que o escutismo era a escola da vida. Esse alguém sabia do que falava, pois era ou tinha sido escuteiro. Eu também concordo com esse alguém, pois também eu fui escuteiro, mas a escola da minha vida não seria completa se não tivesse tido o privilégio de pertencer (digo pertencer e nao ter pertencido pois considero que o grupo somos todos nós que por lá passamos) ao "O Moniz" e ter tido como mentor o mestre Carlos Varela!
Duarte Araújo
(ex-membro do Moniz entre 91/92 a 94/95).

O Moniz foi a melhor experiência a todos os níveis desde, a académica, onde pude apresentar um trabalho encenado e dirigido por mim, para trabalho na disciplina de Literatura Portuguesa com a peça, em estudo, o "Judeu" de Bernardo Santareno, obtendo uma boa classificação (15 ou 16); a nível pessoal, onde fiz amigos que ainda hoje mantenho, passados 21 anos. Foi a partir do Moniz que comecei a ter gosto pela representação, onde segui para um grupo amador e comunitário, que me deu certezas para continuar. Durante uma década não trabalhei na área tantas as vezes quanto desejava, pois o trabalho começava a escassear e como  não me senti satisfeito, resolvi voltar aos estudos teatrais no mestrado em Teatro e Comunidade que me permite não só estar perto daquilo que gosto de fazer, como também estar perto das Comunidades que fazem teatro, querem aprender teatro, ver teatro ou simplesmente se sentir um cidadão mais participativo, transformado através do Teatro. O Moniz foi uma espécie de motor de arranque e que ainda hoje trago como referência como teatro que educa, transforma, cultiva, motiva... Moniz será sempre referência!
Hugo de Castro Andrade
(ex-membro do Moniz (1993-1996).

Data: 08 de julho de 2013
“O Moniz despertou em mim uma paixão que eu desconhecia - o teatro - e desde então nunca mais deixei de o fazer. Levo para todas as peças as bases que me ensinaram no Moniz e o espírito para a minha vida pessoal.”
André Calado
(ex-membro do Moniz, de janeiro de 2011 até junho do mesmo ano)

O teatro "O Moniz" teve um grande impacto na minha vida quer pessoal, social e profissional.
Um grande ponto de partida na longa jornada da vida atrevo-me a dizer que foi e continua a ser uma grande família e ponto de partida para a descoberta de quem somos.
Sem a professora Fernanda, nada disto seria possível é uma mãe atenciosa, sábia e destemida que nos orienta para um futuro, que será regido por nós.
É parte de nós, é um circo cheio de emoções partilhadas, é a nossa casa.
(Andrew Phillpip’s) - André Barros!
                                                                         (ex-membro do Moniz, de 2009 a 2011)

 O moniz foi uma das melhores experiencias que tive enquanto aluno, pois permitiu-me melhorar o trabalho em equipa. Foi bastante proveitoso, ter trabalhado com tantas pessoas, diferentes, mas no fundo iguais. Iguais no sentido de termos todos o mesmo gosto, o teatro. Tanto que ainda continuo a fazer sempre que posso, pois fiquei com o bichinho. O facto de se ter de actuar para tanta gente, fez tambem com que me sentisse mais a vontade para exposiçoes orais, no caso da universidade. Enfim so coisas boas! Foram 2 anos fantasticos, e so posso agradecer a profª fernanda, por ter sido uma optima mentora, e a mae de todos nos, enquanto la estive.
André Aguilar
(ex-membro do Moniz de 2008 a 2010)

O grupo de teatro "O Moniz-Carlos Varela" proporcionou-me uma panóplia de riquezas a nível pessoal: abertura de espírito, partilha de sentimentos, emoções e sensações...
A nível profissional, orientar o grupo foi importante na medida em que me permitiu apreender técnicas de respiração, dicção, relaxamento entre outras utilizadas a posteriri no contexto sala de aula.
Para além de tudo isso, fazer parte do grupo "O Moniz" foi criar laços de uma forte amizade que ainda hoje persiste. Bem haja a todos os  que passaram por aqui!
Isabel Martins
(ex-coordenadora do Moniz entre 2002 a 2007)

Na passagem pel' "O Moniz", consegui várias concretizações... A nível pessoal posso dizer que me ajudou a ter mais confiança, aumentou a minha auto-estima e ajudou a acreditar em mim e acreditar nas minhas capacidades... A nível académico, profissional, consegui mais experiência, uma visão diferente do teatro, quanto mais experiências teatrais tivermos, melhor para a nossa vida, aprendemos a lidar com situações que se passam com as nossas personagens ou com outras e que ao acontecer equivalente na vida real conseguimos encará-las com maior maturidade.
Filipe Abreu


Ola Marco, é com muito prazer que eu dou o meu contributo ao grande ''O Moniz'', foi com essa grande família que eu fiz grandes amigos e que cresci como pessoa. Devo-lhe tudo o que aprendi, que me ajudou a desinibir-me e a melhorar a técnica de canto, que é uma das coisas que eu mais gosto de fazer!
.P.S. Nao é preciso anonimato :)
Obrigada e um grande abraço
Simone Andrade

A minha participação no teatro Moniz Carlos Varela foi memorável, é uma lembrança que levo para toda a vida e que até hoje deixa uma enorme saudade... nunca me esquecerei de grandes momentos que passei lá e fiz amigos para toda a vida... até tive a exelente oportunidade de ir a vila real de sando antonio com o grupo que foi incrivel...fui encenadora e criadora de um musical para a abertura da semana do teatro que nunca esquecerei a grande oportunidade que mederam... Foram só coisas boas que deixaram a sua marca... é com uma enorme saudade que digo... adoro-vos MONIZ.
 Andrea Rodrigues

10 de julho de 2013
Ups... erros"O maior contributo de pertencer ao grupo de teatro "O Moniz", foi desenvolver a minha capacidade de exposição, e desenvolvimento de sentido de valor próprio, falha típica em muitos adolescentes na idade do Liceu!
Este contributo reflecte-se na minha vida pessoal, através da facilidade de interacção com outras pessoas, reflectiu-se na minha vida académica, facilitando a exposição de trabalhos e a enfrentar as adversidades, e na vida profisional, garantindo-me uma confiança no meu trabalho ao passá-lo para palestras perante plateias curiosas."
Miguel Reynolds Pinheiro
(ex-membro do Moniz entre 1997/98 a 2001)

Fazer parte de um percurso tão especial, sensível e com orientação do saudoso Carlos Varela, transformou por completo toda minha carreira artística.  
Passados quase cerca de 20 anos desde aquele primeiro dia de ensaios do espetáculo AUTO DO GIL, onde me estreei no grupo O MONIZ, no festival de teatro escola vicentino, no Teatro a Barraca, com o personagem Deus Mercúrio, agradeço todo o ensinamento que me foi passado. Foi uma honra imensa ter sido congratulado por dois anos consecutivos no Festival Regional de Teatro Escolar o prémio para Melhor Actor, devo-o sem dúvida alguma ao Varela.A qualidade e profissionalismo que ele sempre nos incutiu, contribuiu sem dúvida alguma para que eu ainda, agora na cidade do Porto, continuar  profissionalmente esta profissão tão árdua, mas gratificante, ensinando-me a nunca desistir. O MONIZ, para sempre.
Edgard Fernandes
(ex-membro do Moniz entre 1993 a 1995).

11 de julho de 2013
O Moniz teve um papel essencial no desenvolvimento da minha capacidade sociológica, bem como no desenvolvimento intelectual e na busca de cultura de qualidade! Era um meio de inserção em que se pactuava uma liberdade em falar e ouvir, onde o diálogo fazia parte tanto para desabafo, convívio como para deliberação de objectivos e modos de obte-los!
Encontrar um meio heterogéneo com um bem/fim comum torna se essencial na adolescência e não só, para servir bases de pratica biopsicosociológica, de dialéctica, de humildade e de cultivo de trabalho! Foi uma base que me deu tanto que se torna difícil dissertar ou será dissecar ponto a ponto. Mas penso que não haverá dúvidas que a opinião é unanime na importância que o Moniz uma comunidade que abraçou todos os que entraram e deu um beijo na testa de despedida!
Gilberto Batista Rosa
(ex-membro do Moniz, do ano 1998 – 2001)

Fui aluna no Liceu Jaime Moniz de 2007 a 2010. Com 15 anos, descobri que o meu fascínio pelas artes teatrais podia ser concretizado. Adorava ver peças no Teatro Baltazar Dias, onde deliciava-me com os trajes, as personagens e todos os adereços que enriqueciam todo aquele ambiente de ficção. Foi esse mundo de sonhos e possibilidades de desempenhar diferentes papéis que me cativou a ser membro do grupo de teatro do Liceu« O Moniz Carlos Varela». Não tinha qualquer pujança em vir a ser uma estrela de Hollywood ou mesmo aparecer na televisão nacional. O desejo era o de descoberta, diversão, quem sabe travar novas amizades. Tudo isso aconteceu. Descobri-me em palco, descobri-me em falas e até em personagens. Era um passatempo de qualidade. Dava-me prazer. Hoje, olho para o passado com carinho aos tempos ali vividos, aos risos partilhados, às brincadeiras nos ensaios, aos nervos ao aguardar o abrir das cortinas, à agitação e euforia nos bastidores e na troca de cenários, mas o mais importante conheci pessoas fantásticas com quem aprendi imenso. Para ser franca uma das minhas outras intenções ao juntar-me ao grupo Moniz era a de ganhar à-vontade em falar publicamente e perder certos receios. Digamos que o nervosismo em atuar perante um público nunca desaparece, simplesmente diminui com a experiência. Terminei atualmente o curso de Ciências da Comunicação o que de certo modo está relacionado com este mundo do espetáculo. E o teatro foi o meu primeiro contacto com esta realidade, sendo que possibilitou-me atuar na televisão. Estar envolvida neste seio proporcionou-me ferramentas para a improvisação do texto, ganhei competências a nível de gestão de tempo; aperfeiçoei a minha oratória, a minha projeção de voz, a dicção e ainda estimulou a minha criatividade. Posso dizer convictamente que fazer parte daquele grupo foi uma aprendizagem fulcral no meu desenvolvimento, tanto a nível pessoal como académico.
Mariana Faria
(ex-membro do Moniz, s/d).

24 de julho de 2013
Ola Marco, eu na verdade nunca fiz parte do grupo só cantei o hino num dos anos que frequentei o liceu. No entanto devo dizer que tenho imensa pena por não ter tido a disponibilidade para participar mais activamente no grupo, pois lembro que acima de bons artistas e professores tinha um ambiente fantastico. A presença de um grupo de teatro numa escola é essencial para uma formação mais completa de todos aqueles que a frequentem, vi o "Moniz" a desafiar quem lá passou, a criar artistas e gente com opinião,a estimular gostos, pensamentos e emoções, a ensinar a ousar e a procurar a identidade de cada um dentro da infinidade das personagens de que dispunha. Sorte de quem teve a oportunidade de fazer parte do grupo e usufruir desta parte da educação imprescendivel para a criação de um adulto inteligente e equilibrado. Viva ò Teatro, viva ao Moniz! Beijinhos e boa sorte para a tese que é ja bem nobre pelo tema! Parabens!
Vânia Fernandes
(ex-aluna da escola secundária Jaime Moniz)

12 de agosto de 2013
Olá Marco!Entrei no Moniz no ano letivo 98/99 até 2001/2002. A primeira peça que entrei foi "Florbela Espanca: três retratos e uma paisagem" , dps "Do Riso" com o Varela. Já com a Inácia e Isabel foi: "Médico à pressa", "Transparências" e "Acordes et Licour".Entretanto fui para o Porto mas continuei a participar na sessão de abertura do Festival de teatro (acho que durante dois anos). Relativamente à experiência no Moniz e ao impacto, é que é um pouco difícil de exprimir. Foram sem dúvida dos melhores anos durante o meu percurso académico. Não só pelo que aprendemos, pelo que sentimos em cima de um palco, mas, e sobretudo, pelo que vivemos atrás do palco. Pelas amizades, pelos momentos únicos, pelo companheirismo, por tudo. Para mim, teatro é Moniz.
No Porto, senti a falta do teatro, o bichinho ainda estava lá. Decidi integrar um grupo de teatro amador, mas depressa me apercebi que sentia falta do Moniz e não do teatro. E tão depressa entrei como saí. Preferi manter a recordação do que foi o Moniz na minha vida, o que era o teatro para mim nessa altura, em que todas as peças eram perfeitas (nós eramos fantásticos!).As amizades continuam. Apesar de só nos vermos uma vez por ano, em casamentos e batizados, e por mais que os anos passem, as amizades estão lá!Mas é claro que não podemos esquecer o mentor de tudo isto. Esta união tão característica do Moniz, na minha opinião deve-se simplesmente ao Carlos Varela. Não sei se estou a escrever demasiado. :)) se precisares de mais alguma coisa diz :)Vou trabalhar um cadinho beijinhos...
Sandra Andrade
(ex-membro do Moniz entre 98/99 até 2001/2002)

13 de agosto de 2013

Olá Marco!
Espero ir a tempo de poder colaborar contigo!Eu sou um pouco distraída com os meus e-mails, peço desculpa!
Relativamente ao Moniz, eu estive no grupo de 1999 a 2007, foi o Varela que me convidou porque o grupo já tinha um grande impacto na escola e na região e ele sentia necessidade de alguém que colaborasse com ele.
Na verdade, nunca me imaginei a coordenar um clube de teatro mas enquanto lá estive adorei. Aprendi muito. 
Descobri que o teatro é fundamental na formação do indivíduo, pois é uma arte completa, não imaginava que existisse tanto trabalho na construção de uma personagem e de uma peça de teatro, claro que passei a ver esta arte de outra forma, com muita paixão, entusiasmo e curiosidade. Os convívios e trocas de experiências nos festivais regionais bem como nos encontros nacionais foram experiências únicas e fantásticas.
A minha atitude como pessoa/professora e a relação com os meus alunos nunca mais foi a mesma, para melhor claro. Em tom de brincadeira costumo dizer que o professor também é um ator.Na minha prática docente recorro sempre a uma motivação, expressão ou técnica adquiridas no teatro.
Os meus alunos muitas vezes perguntam-me se eu faço teatro, pois o "bichinho" é evidente e nunca mais passa!
Bom trabalho!
E boas férias! Se necessitares de mais informação não hesites em me contactar, pois eu tardo......................... mas raramente falho!!!!!!!!!!!!!!!!
beijinho grande.
Inácia Carvalho
(ex-coordenadora do Moniz entre 1999 a 2007)
Olá Marco,
Fiz parte do Moniz entre os meus 15 e 20 anos, portanto estive desde o 8ºano até finalizar o secundário. A influência que teve sobre a minha vida não poderia ter sido mais positiva em todos os sentidos, seja a nível pessoal, profissional e social. De alguma forma, estar no Moniz ensinou-me a pensar, a ter massa crítica, a perceber que na diferenciação está o ganho em tudo o que fazemos na vida, e que ser diferente e ter opinião própria em tudo o que fazemos só nos valoriza. Descobri capacidades em mim que nunca imaginei que tivesse, e o arte em si como o teatro desperta sem dúvida em cada um de nós a parte mais criativa e humana, ficamos com uma visão muito verdadeira do meio que nos rodeia. O grande mentor deste projecto chama-se Carlos Varela, foi um pai, um irmão, um amigo, um mentor enfim tanta coisa e com ele aprendi a ser eu próprio e perceber que o mundo só é belo quando é diversificado e que preconceitos é só para pessoas ignorantes. Uma grande parte da pessoa que eu sou deve-se ao Moniz e acredito que as artes em geral deveriam ser disciplinas obrigatórias.
Nuno Barcelos
(ex-membro do Moniz entre 92/93 a 96/97)

14 de agosto de 2013
Este ano realizou-se o XXI Festival Regional de Teatro Escolar “Carlos Varela” organizado pela Coordenadora do Clube de Teatro “O Moniz - Carlos Varela” Dra. Fernanda Freitas. O mesmo decorreu na semana de 11 a 15 de março. A nossa Escola participou com a peça intitulada “PARA ALÉM DE NÓS…OS OUTROS” da autoria da Coordenadora do Clube de Teatro da Jaime Moniz, Escola que sempre dinamizou este Festival Regional de Teatro. O Festival integra para além da interpretação de peças de várias Escolas da Região, um espetáculo de abertura e um de encerramento que inclui a entrega de prémios e certificados de participação às escolas e seus melhores atores. É de salientar, que a qualidade das peças tem vindo a subir gradualmente ao longo dos anos. É um festival que regista uma plateia muito interessada e assídua. As sessões esgotam a capacidade do Ginásio não só com alunos e professores da Jaime Moniz como das Escolas participantes. Os pais e Encarregados de Educação têm uma presença frequente e em grande número o que denota interesse pelas atividades artísticas e de complemento curricular que os filhos integram e desempenham. Sou uma espetadora atenta e assídua dos espetáculos e é com muita satisfação que constato o evoluir dos atores, da cenografia e dos trajes utilizados.

Elisabete Cró
(Coordenadora dos Clubes e Projetos)



Sim, o “estar” no grupo ajudou-me na minha formacao como individuo a todos os niveis como individuo ou profissional. Tornei-me mais comunicativo, participativo, menos timido. Passou a existir uma nocao do geral, de trabalho de grupo, de colaboracao e de respeito ao proximo. Acredito tudo ferramentas necessarias para a integracao do jovem na sociedade e no Mundo do trabalho. Foram varias as tecnicas e apredizagens que adquiri pela minha passagem pelo grupo. Durante varias horas trabalhavamos Tecnicas de Voz, Projeccao, Exercicios de Respiracao, Tecnicas de corpo, Movimento, Nocao do Espaco, Memoria sensitiva e emotiva. Trabalhamos cenas de textos de autores portugueses como Florbela Espanca, Fernando Pessoa entre outros. Atraves dos mesmos e do estudo de cena, passou a existir uma maior compreensao pelos nossos poetas e pelos textos. Estudou-se a estrutura escrita fosse verso ou prosa atraves dos textos de Gil Vicente, a diferenca entre as diversas formas de escrita para Teatro, Cinema ou Televisao. A forma livre e relaxada com que podiamos “estar”. O mundo do Teatro e um mundo cheio de “regras” invisiveis. Regras que sao respeitadas sem “obrigacao”. Acredito que um bom ambiente de classe, podera ser um bom local de apredizagem. Para isso acredito ser necessario uma atitude menos “professoral” de quem esta a conduzir a classe. O respeito ganha-se pelo respeito comum e nao por autoridade. 

 Dinarte Freitas 
 (ex-membro do Moniz de 1997 a 2002).


O Moniz surge na minha vida num momento muito importante, a passagem do ensino secundário para a Universidade (onde pretendia estudar Teatro). Entrei simplesmente a procura de mais experiência e acabei por encontrar grandes pessoas que marcaram a minha vida. Pessoas que ainda hoje considero muito importantes, a vida leva-nos para longe mas as lembranças ficam para sempre! Agradeço do fundo do coração tudo o que o Moniz me proporcionou. Neste momento sou oficialmente licenciada em Teatro e trabalho como atriz profissionalmente e cada vez que tenho um sucesso nesta área sei que devo um pouco a este magnífico clube que está sempre pronto a ajudar os jovens a descobrirem-se e a encontrarem pessoas com quem se identifiquem! Que este grupo se mantenha por muitos e muitos anos porque os jovens precisam dele! Tenho um especial agradecimento a fazer a professora Fernanda Gama que me fez sentir em casa desde o primeiro momento em que entrei naquela sala!
Ivone 
(ex-membro Moniz)
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2 comentários:

André Mendonça disse...

Participei no grupo "O Moniz - Carlos Varela" no ano letivo 2012/2013, e sem dúvidas que este me permitiu crescer um pouco em pessoa, aprender mais sobre a vida e crescer fundamentadamente com esta arte magnífica em que me encaixo bem, o teatro, coisa que até a data nunca tinha experimentado e, é com algum arrependimento que o digo, pois se tivesse experimentado mais cedo teria sido muito bom para mim em todos os sentidos e decerto que já tinha adquirido mais competências.
A participação no grupo permitiu-me lidar melhor com a vida,com os problemas e frustrações... estar em palco é algo magnifico. Ainda bem me lembro das primeiras vezes que pisei aquele palco, os nervos eram tantos que ficava sempre com as "pernas a tremer", era algo que não conseguia controlar mas aos poucos e poucos consegui ganhar auto estima e confiança (na altura andava numa má fase da minha vida, graças ao teatro também consegui fazer progressos a ultrapassar uma depressão que me tinha ocorrido na época em que entrei para o grupo).

Foi no teatro que tudo fazia sentido, era dos únicos sítiosonde me sentia confortável e verdadeiramente bem que não pensava em mais nada,era como se os meus problemas desaparecessem praticamente todos, fora do teatroeu continuava a ser o rapaz com tantos problemas à sua volta, foi também o sítioonde conheci pessoal incrivelmente fantástico e maravilhoso, foi sem dúvida amelhor coisa do ano de 2012, após um ano tão negro tinha que haver no meio daescuridão algo de bom. O teatro é uma arte, um dom, representar é uma coisamaravilhosa, fantástica. É sorrir, é amar, é chorar, é gritar, é interpretar, éviver, é descobrir (...) é um vasto leque de magnificas emoções à mistura tudonuma personagem. Uma coisa que facilmente me apercebi foi, que o pessoal dogrupo de teatro, era todo “open mind” sem julgamentos nem preconceitosassociados para com as outras pessoas, e um grupo cheio de união e força, ondese ajudavam uns aos outros no que fosse necessário. É, no fundo um mundo ondetodos são aceites e bem-vindos, tal e qual como são!

Com o tempo, o “bichinho” e a vontade de fazer teatro era cada vez mais, e custava chegar ao fim de quarta-feira e ter de esperar que passasse o fim-de-semana até chegar a segunda-feira ao fim da tarde para fazer-se teatro,com o tempo o teatro passou a ter um grande valor para mim, e tornou-se numa verdadeira paixoneta foi aí que me fui apercebendo, que aquilo que deveria ter seguido a nível de estudos, deveria ter sido teatro e não informática, tal como tinha dado o resultado do meu teste psicotécnico de 9º ano. Mas, o que vale é que nunca é tarde para realizar os nossos sonhos, por isso mesmo em 2014 irei (re)começar uma nova etapa da minha vida vou realizar o meu sonho e ingressar no curso profissional de Interpretação (Actor), em Lisboa.

O teatro é arte, é sentir, é representar, é ter um papel, é alma, é paixão, é empatia, é confiança, é mais que um hobbie. É um dom que poucos conseguem ter, de ser exprimir, seja através de gestos, formas, palavras ou até mesmo canções recheadas dos mais tantos sentimentos existentes por este mundo além. O que me dá mais prazer é fazer os espetáculos, eu adoro estar em palco, e conviver num mundo onde sou aceite e me dou muito bem, sem preconceitos nem julgamentos associados. A minha vida tinha e têm um outro sentido completamente diferente com ao teatro, sem dúvidas que este ajuda-nos imenso acrescer como pessoa, nos mais diversos níveis.

Um eterno agradecimento a todas as pessoas que me ajudaram a mudar a minha vida grandemente neste ano que passou, um grande obrigado a todos os membros do grupo de teatro, à professora Fernanda Gama que é uma excelentíssima pessoa, obrigada por todo o apoio e conforto que pude sentir por parte de todos aqueles que tornaram este ano que passou melhor, com mais vivência e luz! Foi com o teatro que a minha vida deu uma reviravolta completa!

André Mendonça

Dinarte Freitas disse...


Ola Marco,

o “estar” no grupo ajudou-me na minha formacao, a todos os niveis como individuo ou professional. Tornei-me mais comunicativo, participativo, menos timido. Passou a existir uma nocao geral, de trabalho de grupo, de colaboracao e de respeito ao proximo. Acredito, tudo ferramentas necessarias para a integracao do jovem na sociedade e no Mundo do trabalho.

Foram varias as tecnicas e apredizagens que adquiri pela minha passagem pelo grupo. Durante varias horas trabalhavamos Tecnicas de Voz, Projeccao, Exercicios de Respiracao, Tecnicas de corpo, Movimento, Nocao do Espaco, Memoria sensitiva e emotiva. Trabalhamos cenas de textos de autores portugueses como Florbela Espanca, Fernando Pessoa entre outros. Atraves dos mesmos e do estudo de cena, passou a existir uma maior compreensao pelos nossos poetas e pelos textos. Estudou-se a estrutura escrita fosse verso ou prosa atraves dos textos de Gil Vicente, a diferenca entre as diversas formas de escrita para Teatro, Cinema ou Televisao.

...
A forma livre e relaxada com que podiamos “estar”. O mundo do Teatro e um mundo cheio de “regras” invisiveis. Regras que sao respeitadas sem “obrigacao”. Acredito que um bom ambiente de classe, podera ser um bom local de apredizagem. Para isso acredito ser necessario uma atitude menos “professoral” de quem esta a conduzir a classe. O respeito ganha-se pelo respeito comum e nao por autoridade.

Dinarte Freitas